Na Pré-história, o homem buscou se comunicar através de desenhos feitos nas paredes das cavernas. Através deste tipo de representação (pintura rupestre), trocavam mensagens, passavam idéias e transmitiam desejos e necessidades. Porém, ainda não era um tipo de escrita, pois não havia organização, nem mesmo padronização das representações gráficas.

As primeiras formas de narrativa eram orais, combinadas com gestos e expressões: palavras eram faladas de uma pessoa para outra num esforço de comunicar uma mensagem ou sentimento. Tradicionalmente, histórias orais eram passadas de geração em geração e sobreviviam unicamente na memória. Pessoas em todos os tempos e lugares têm contado histórias. Na tradição oral, a narrativa inclui o narrador e a audiência. O narrador cria a experiência, enquanto a audiência depreende a mensagem e cria imagens mentais pessoais a partir das palavras ouvidas e dos gestos vistos. Nesta experiência, a audiência se torna co-criadora da arte. Narradores por vezes dialogam com a audiência, ajustando suas palavras em resposta aos ouvintes e ao momento.
Depois da criação e aperfeiçoamento das formas de escrita, a narrativa oral continuou sendo o meio de divulgação das massas analfabetas e a única via cultural das massas analfabetas e a única via cultural para chegar a elas. Até bem avançada época da Idade Média, continuou a atividade dos trovadores ambulantes, dos jograis profissionais e dos narradores de contos.
FONTE:
LITTON, G. O livro e sua história.São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1975.