sábado, 8 de março de 2008

GUTENBERG E SUA PRENSA

Johannes Gensfleisch zur Laden zum Gutenberg (cerca da década de 1390 - 3 de Fevereiro de 1468), inventor alemão que se tornou famoso pela sua contribuição para a tecnologia da impressão e tipografia. Inventou uma liga para os tipos de metal e tintas à base de óleo, além de uma prensa gráfica, inspirada nas prensas utilizadas para espremer as uvas no fabrico do vinho. Tradicionalmente, crê-se que teria inventado os tipos móveis - que não foram mais, no entanto, que uma melhoria dos blocos de impressão já em uso, então, na Europa. Acredita-se que a imprensa foi uma das maiores invenções da humanidade.

Gutenberg é considerado o inventor dos tipos móveis de chumbo fundido, mais duradouros e resistentes do que os fabricados em madeira, e portanto reutilizavéis que conferiram uma enorme versatilidade ao processo de elaboração de livros e outros trabalhos impressos e permitiram a sua massificação.

As imprensas na Idade Média eram simples tabelas gordas e pesadas ou blocos de pedra que se apoiavam sobre a matriz de impressão já entintada para transferir sua imagem ao pergaminho ou papel.
A imprensa de Gutenberg é uma adaptação daquelas usadas para espremer o suco das uvas na fabricação do vinho, com as quais Gutenberg estava familiarizado, pois Mogúncia, onde nasceu e viveu, está no vale do Reno, uma região vinícola desde a época dos romanos.

O primeiro livro impresso por Gutenberg foi a Bíblia, processo que iniciou cerca de 1450 e que terá terminado cinco anos depois em março de 1455.
Gutenberg produziu a Bíblia de 42 linhas em três anos de intenso trabalho provando ser um engenheiro habilidoso, além de possuir grande senso estético. No final do século XV havia na Europa germânica mais de 20 casas impressoras que publicavam milhares de livros gravados em madeira. A primeira Bíblia foi diagramada com 42 linhas e duas colunas de texto para economizar espaço e papel, daí seu nome. Sua aparência copiava os textos manuscritos com inserções de capitulares trabalhadas em cores.

Imagens de homenagem a Gutenberg:
==> Gutenberg Memorial na Praça Gutenberg - Mainz, Alemanha.
==> Escultura homenageando Gutenberg como o inventor da imprensa moderna por ocasião da Copa do Mundo de Futebol de 2006 na Alemanha.

fontes do texto:

fontes das imagens:
IMPRESSÃO DE LIVROS NO EXTREMO ORIENTE

A xilogravura japonesa Ukiyo-e – 1603 d.C.

Durante séculos o Japão produziu xilogravuras de extrema beleza que permaneceram desconhecidas do Ocidente até a I Guerra Mundial. As gravuras que chegaram à Europa no século XIX são chamadas de “imagens do mundo flutuante” – Ukiyo-e. Sua origem pode ser traçada a partir do século XVI. A escola de gravura surgiu como uma decorrência do final dos patronos da corte e dos mosteiros do antigo Japão esvaziados pelo declínio religioso do Budismo e, também, pela mudança da antiga Edo para Kioto, transformada em capital do império. A escola Ukiyo-e englobava gravadores, desenhistas, impressores e editores que, num trabalho conjunto, publicavam gravuras com temas poéticos, eróticos, dramáticos, épicos e históricos. As gravuras eram adquiridas por apenas alguns centavos e serviam para decorar o interior das residências mais modestas. Por seu custo baixo tornaram-se um produto de massa com grandes tiragens. Grandes mestres do desenho dedicaram-se à criação de imagens como um meio de gerar uma crônica do cotidiano da agitada e efervescente Edo.

Diamond Sutra . Obra impresa en 868 da Era Comum, utilizando papel e o sistema xilográfico. Foi achada em 1907, em uma cova do Turquestão Chinês (atualmente província de Sinkiang) e é conserva no Museu Britânico de Londres. Tem uma anotação no final indicando o ano de impressão e a noticia de que a distribuição dos exemplares se faria gratuitamente para honrar à memória dos pais daqueles que tinham encomendado o trabalho. Consta de seis folhas unidas para formar um rolo.

A impressão por tipos móveis no Oriente

Aproximadamente 400 anos antes de Gutenberg, por volta de 1041-49, Pi Sheng inventou, na China os tipos móveis para imprimir mas, diferente de Gutenberg, utilizou barro cozido ou porcelana, porém estes tipos não aceitaram bem o vermelho. Então foram confeccionados os tipos de madeira e em foram feitas experiências de impressão em 1314. Nos annais coreanos correspondentes a 1392, ou seja, meio século antes da invenção de Gutenberg, se encontram referências à criação de uma dependência governamental entre cujas obrigações se incluía a fundição dos tipos e à impressão de livros. Essa oficina funcionou a partir de 1403 e existem comprovações de que o rei suportou as despesas ocasionadas pela fundição de grandes quantidades de tipos novos. A partir desta data, estão regisrados diversos decretos reais referentes à publicação de livros.

Fonte do texto: LITTON

Fonte da imagem:

http://www.rightreading.com/printing/gutenberg.asia/gutenberg-asia-6-china-blockbook.htm

LIVROS XILOGRAFADOS

Quando foi possível imprimir usando a técnica da xilografia sobre ambas as páginas de cada folha, muitas dessas imagens foram reunidas para formar os primeiros livros xilografados. Os temas escolhidos eram populares como, tratados sobre a fé, avisos de como evitar as pestes e a morte. Estes livros de tipologia gravada em madeira, com ilustrações xilográficas tentavam imitar os manuscritos e as iluminuras dos monges copistas. Muitas vezes após a impressão eram acrescentadas cores nas imagens para que o resultado final fosse o mais próximo possível de um manuscrito. Como exemplos podem ser citados:

Bíblia pauperum ou Bíblia dos pobres: um dos primeiros livros xilografados e, certamente, também um dos mais conhecidos. Consistia de 40 quadros, ilustrando conhecimentos da vida de Cristo e cenas do Antigo Testamento; desta forma, foram feitas perto de onze edições.

Estas Bíblias colocavam a ilustração no centro, só com um breve texto ou algumas vezes sem qualquer texto. As palavras faladas pelas figuras nas miniaturas podiam ser escritas em pergaminhos vindos das suas bocas. Nesse sentido, pode-se ver paralelos com os modernos quadrinhos.

Na gravura acima vê-se três episódios de uma ilustração em blocos em uma Bíblia pauperum onde há correspondências tipológicas entre o Velho e o Novo Testamentos: Eva e a serpente, a Anunciação e o milagre de Gideão.

Não se pretendia que a Biblia pauperum fosse comprada pelos mais pobres - alguns manuscritos eram opulentos e muito caros, embora as versões em block-book fosem mais baratas, e provavelmente affordable by parish priests. As versões mais simples foram, entretanto, usadas pelos clérigos como instrumento de ensino para aqueles que não sabiam ler, o que incluía a maioria da população. A denominação Biblia Pauperum foi aplicada por German scholars na década de 1930.



Ars Moriendi: esta pequena publicação cujo título se costuma traduzir como Arte de Bem Morrer é o nome de dois textos escritos em latim datando de cerca de 1415 e 1450 que oferece orientações nos protocolos e procedimentos de uma boa morte e sobre como "morrer bem", de acordo com os preceitos cristãos do final da Idade Média. Foi escrito no contexto histórico dos efeitos dos horrores macabros da Peste Negra 60 anos antes e os consequentes social upheavals do século XV. Foi muito popular, traduzido na maioria das línguas européias ocidentais, e foi o primeiro numa tradição literária ocidental d guias para a morte e o morrer. Neste sentido, trata do conforto espiritual ao moribundo; apresenta ilustrações tipicamente medievais, com uma página de texto para cada ilustração. Apesar da linguagem teológica, esta publicação trata do eterno e sempre atual tema da alma que deve enfrentar o mundo, para nós impenetrável, do além-túmulo.

Ars memorandi: obra xilográfica do século XV. Seu tema, também de perene atualiade e interesse para muitas pessoas, corresponde exatamente ao título que se pode traduzir para Arte de Recordar.


FONTE DO TEXTO E DA IMAGEM:

Biblia pauperum - http://en.wikipedia.org/wiki/Biblia_pauperum

Ars moriendi - http://www.answers.com/topic/ars-moriendi

FONTE DA IMAGEM:

Biblia pauperum -
http://www.d.umn.edu/lib/bible/images/pauperum.jpg
Ars moriendi -
http://content.cdlib.org/xtf/data/13030/w6/ft7v19p1w6/figures/ft7v19p1w6_00077.gif
http://www.answers.com/topic/ars-moriendi

quarta-feira, 5 de março de 2008

IMPRESSÕES XILOGRÁFICAS

A xilografia marcou um vigoroso avanço em direção ao domínio da arte de imprimir e foi um progresso muito significativo, que se manifestou, quase simultaneamente, com o desenvolvimento dos tipos móveis.
A palavra "xilografia" vem dos vocábulos gregos xylon, madeira e graphein, escrever. Os livros obtidos mediante a gravação em pranchas de madeira chamam-se livros xilográficos ou livros tabulares (ou tabulário).
Para este tipo de trabalho, utiliza-se diferentes espécies de madeira. São necessárias pranchas de 2,5 cm de espessura, aproximadamente, cortadas em sentido perpendicular à fibra (isto é, contra a fibra). Sobre a prancha espalha-se um verniz branco e quando este seca, o artista executa seu desenho, traçando primeiramente as linhas de referencia. Depois, os espaços que ficam entre as linhas do desenho são vasados, utilizando-se para tal buris, goivas e outros instrumentos.

Impressão. As linhas que ficam em relevo recbem uma camada de tinta enquanto que os espaços ocos permanecem livres de tinta. Sobre esta superfície coloca-se a folha, submetendo-a a uma forte pressão, para que nela se imprima claramente o desenho.

Livros xilografados. Inicialmente, o processo xilográfico foi utilizado unicamente para reproduzir imagens e com bastante espaço entre as linhas; mas, com o tempo, foram agregados textos simples, impressos simultaneamente e em uma só operação. As xilogravuras mais antigas que chegaram até nós são apenas de imagens.

A xilogravura foi usada para imprimir estampas religiosas, conhecidas na Alemanha pelo nome de Heiligen. Raramente levam data de impressão, porém tiveram grande difusão entre as massas analfabetas da Europa, muito antes de 1423, data da xilogravura mais antiga que se conhece.

Quando foi possível imprimir sobre ambas as páginas de cada folha, muitas dessas imagens foram reunidas para formar os primeiros livros xilografados.

FONTES DAS IMAGENS:

http://www.fafich.ufmg.br/tubo/universidade/cultura-e-comportamento/talento-de-crianca-no-centro-cultural-ufmg/image_mini

http://www.allposters.com/-sp/Leben-der-Heiligen-Jungfrau-Posters_i250642_.htm