sábado, 8 de março de 2008

IMPRESSÃO DE LIVROS NO EXTREMO ORIENTE

A xilogravura japonesa Ukiyo-e – 1603 d.C.

Durante séculos o Japão produziu xilogravuras de extrema beleza que permaneceram desconhecidas do Ocidente até a I Guerra Mundial. As gravuras que chegaram à Europa no século XIX são chamadas de “imagens do mundo flutuante” – Ukiyo-e. Sua origem pode ser traçada a partir do século XVI. A escola de gravura surgiu como uma decorrência do final dos patronos da corte e dos mosteiros do antigo Japão esvaziados pelo declínio religioso do Budismo e, também, pela mudança da antiga Edo para Kioto, transformada em capital do império. A escola Ukiyo-e englobava gravadores, desenhistas, impressores e editores que, num trabalho conjunto, publicavam gravuras com temas poéticos, eróticos, dramáticos, épicos e históricos. As gravuras eram adquiridas por apenas alguns centavos e serviam para decorar o interior das residências mais modestas. Por seu custo baixo tornaram-se um produto de massa com grandes tiragens. Grandes mestres do desenho dedicaram-se à criação de imagens como um meio de gerar uma crônica do cotidiano da agitada e efervescente Edo.

Diamond Sutra . Obra impresa en 868 da Era Comum, utilizando papel e o sistema xilográfico. Foi achada em 1907, em uma cova do Turquestão Chinês (atualmente província de Sinkiang) e é conserva no Museu Britânico de Londres. Tem uma anotação no final indicando o ano de impressão e a noticia de que a distribuição dos exemplares se faria gratuitamente para honrar à memória dos pais daqueles que tinham encomendado o trabalho. Consta de seis folhas unidas para formar um rolo.

A impressão por tipos móveis no Oriente

Aproximadamente 400 anos antes de Gutenberg, por volta de 1041-49, Pi Sheng inventou, na China os tipos móveis para imprimir mas, diferente de Gutenberg, utilizou barro cozido ou porcelana, porém estes tipos não aceitaram bem o vermelho. Então foram confeccionados os tipos de madeira e em foram feitas experiências de impressão em 1314. Nos annais coreanos correspondentes a 1392, ou seja, meio século antes da invenção de Gutenberg, se encontram referências à criação de uma dependência governamental entre cujas obrigações se incluía a fundição dos tipos e à impressão de livros. Essa oficina funcionou a partir de 1403 e existem comprovações de que o rei suportou as despesas ocasionadas pela fundição de grandes quantidades de tipos novos. A partir desta data, estão regisrados diversos decretos reais referentes à publicação de livros.

Fonte do texto: LITTON

Fonte da imagem:

http://www.rightreading.com/printing/gutenberg.asia/gutenberg-asia-6-china-blockbook.htm

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