sábado, 10 de maio de 2008

IMPRESSORES NOTÁVEIS - V


CHRISTOPHE PLANTIN

(Saint Avertin, perto de Tours, 1514 - Antuérpia, 1589) - Célebre impressor nascido em Saint-Avertin, próximo de Tours (França). Com aproximadamente 35 anos decide estabelecer-se em Antuérpia, em 1549, onde um acidente o fez renunciar ao mister de encadernador, que trocou pelo de impressor. Esta atividade, permitiu-lhe alcançar uma notável fama através da publicação de missais e livros de música. Publicou obras de considerável mérito, entre as quais uma Bíblia em latim, outros textos em grego e latim e um dicion[ário poliglota. Encomendou tipos aos melhores fundidores da Europa e, em 1567, publicou um livro de mostruário de tipos, que dá uma idéia da envergadura de seu negócio. Mas a sua obra mais importante, e que o consagrou definitivamente, foi a famosa "Bíblia Régia", encomendada por Felipe II de Espanha, que começou a ser impressa em 1568 e que terminou em 1572. Desta edição, em oito volumes e cinco línguas (grego, latim, hereu, caldeu e sírio), Plantin imprimiu 120 exemplares, dos quais 12 em pergaminho que foram entregues ao Rei. Em 1570, já Filipe II, a que se seguiu o rei de Portugal, lhe havia outorgado o título de arquitipógrafo real e as autoridades eclesiásticas desse país encarregaram-no da impressão de muitos livros litúrgicos.

Sua obra-prima foi uma Bíblia poliglota, cujo texto está distribuído em colunas paralelas em latim, grego, hebraico e caldeu. A publicação dessa obra, tão monumental, demorou vários anos, até que foi realizada uma substituição de Papa, porque o rei da Espanha não queria que ela fossa publicada sem a autorizaçaõ da Santa Fé e o pontífice anterior se opunha a isso. Depois de outros atrasos, ocasionados pela Inquisição, esta Bíblia foi publicada em 1580.

Em 1570, Plantin construiu o edifício definitivo onde instalou a sua oficina tipográfica, a que deu o nome de "Compás de Oro", porque tal era a representação do seu escudo e armas. Nesta oficina, continuaram a trabalhar os seus sucessores, nomeadamente o seu genro Moretus. O seu neto, Baltazar Moretus, foi um destacado tipógrafo tendo trabalhado com o pintor Rubens que gravou muitas estampas para os seus livros.

A oficina Plantin-Moretus existiu até ao ano de 1867, altura em que foi vendida por Eduardo Moretus ao município de Antuérpia. Aí foi instalado o famoso Museu Plantin-Moretus, talvez o mais completo museu gráfico do mundo.



FONTES DO TEXTO:

LITTON

DA IMAGEM

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