sábado, 10 de maio de 2008

IMPRESSORES NOTÁVEIS - VII

JOHN BASKERVILLE
(Worcestershire,1706-Birmingham,Warwickshire,1775)

Aos 50 anos de idade se dedicou a um novo passatempo, que o faria famoso: a tipografia. Sua intenção era produzir alguns livros que se tornassem, tanto possível, perfeitos. Aperfeiçou-se, primeiro, no desenho e fundição de tipos e, em seguida, dedicou-se à manufatura do papel e da tinta aperfeiçoando métodos, cujos princípios continuam vigentes até hoje. A esses preparativos dedicou sete anos, que precederam a impressão de seu primeiro livro, uma edição do poeta latino Virgílio, recebida calorosamente em todas as partes do mundo, o que lhe deu grande prestígio como impressor. Seu grande livro foi uma versão de O Paraíso Perdido, de Milton, em cujo prefácio Baskerville expressava seu desejo de produzir, apenas livros, de "mérito intrínseco", os quais "o público gostaria de ver elegantemente vestidos". Seu magnus opus foi uma Bíblia in-fólio, que imprimiu sob os auspícios da Universidade de Cambridge, obra qualificada como "um dos livros mais belos do mundo".
Baskerville imprimiu apenas 67 livros, quantidade relativamente pequena, mas já foi dito que ele se interessava unicamente pela qualidade. Embora seus livros fossem caros e só pudessem ser adquiridos pelos colecionadores de recursos, ele os vendia abaixo do custo, por um preço que não chegava a cobrir os gastos que sua impressão lhe exigia.

A maioria dos livros de Baskerville eram entregues em brochura, aos compradores, deixando ao dono a oportunidade de escolher o estilo de encadernação que mais lhe agradasse.
As obras desse impressor são notáveis pela simplicidade de sua tipografia, uma vez que não utilizou quase nenhuma ornamentação, conseguindo seus belos efeitos mediante a utilização racional dos espaços, a distribuição simétrica da matéria na página e a nitidez e a perfeição da própria impressão.

Os caracteres que utilizava, de excelente feitura artesanal e mecânica, constituíam, além disso, uma verdadeira inovação no desenho de tipos. Montou uma pequena oficina em sua casa, que se poderia praticamente, classificar como de um amador, e nela realizava todas as etapas do trabalho, dedicando a cada um dos seus aspectos o mesmo extraordinário cuidado. Sua habilidade e dedicação permitiram-lhe produzier, em sua pequena prensa manual, verdadeiros tesouros da tipografia, que são hoje apreciados, em todo o mundo, por aqueles que prezam os belos livros.

Fontes do texto:

LITTON

FONTE DA IMAGEM:

http://www.birmingham.gov.uk/Media?MEDIA_ID=197321

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