No ano 4000 a.C. os egípcios recorriam a canas que megulhavam em tinta para a escrita hieroglífica. Por sua vez, no ano 3000 a.C., os chineses desenhavam os seus bonitos e elaborados caracteres com finos pincéis produzidos com pelo de camelo ou rato.
Por volta de 1300 a.C., os gregos utilizavam um estilete (бτсλµς), ou seja, uma vareta pontiaguda, de bronze ou osso, que pressionavam sobre blocos de cera, para escreverem os seus textos. Esses blocos eram depois raspados e alisados, para que fossem reutilizados. Uma das extremidades deste instrumento terminava em ponta, para gravar os sinais; o outro extremo utilizava-se para corrigir as desigualdades da própria tabuinha. Isto deu origem à palavra estilo, com que se designa a maneira particular de cada pessoa escrever.
Por fim, no ano 500 a.C., para escrever sobre pergaminho, papiro ou papel, surgiu o instrumento de escrita mais famoso e que resistiu mais tempo às mudanças, a pena. A pena podia ser de ganso, cisne, peru ou, menos frequente, de corvo, àguia, coruja ou falcão. A mais usual era a pena de ganso, a de cisne era mais cara, sendo utilizada apenas em ocasiões especiais, e a de peru a melhor. O termo da pena era afiado e fendido. Posteriormente era mergulhado em tinta. Sobre o pergaminho ou sobre a folha de papel, a tinta fluía, permitindo escrever cartas de amor secretas ou bonitos textos.
Mesmo apresentando várias limitações, dado que era necessário mergulhá-la em tinta e afiá-la com frequência e que, portanto, tinha uma durabilidade reduzida, tornou-se o instrumento de escrita mais usado até ao inicio do século XIX.
No entanto no final do século XVIII, em 1780, as penas de aves foram substituídas por penas de metal, com corpo de madeira. As penas de latão apareceram no século XVI, na Alemanha, e as de metal tornaram-se comuns na Inglaterra, desde 1820.
Entretanto, várias tentativas para construir uma caneta com reservatório de tinta, obrigaram o desenvolvimento de uma nova tinta. Assim, aproximadamente em 1860 surgiu uma tinta que permitia escrever sem manchar as mãos ou o papel. Porém verificou-se corrosiva para as penas de ferro. O ouro passou então a ser utilizado no fabrico das penas, mas ainda assim não se mostrava suficientemente resistente, sendo-lhe acrescentado irídio. Estas penas de ouro surgiram em 1880. Existem bonitos exemplares, com belos bordados na ponta e corpo de vulcanite ou ebonite.
Por fim, em 1938, o húngaro László Biró, criou uma caneta recarregável com uma pequena esfera móvel na ponta que, ao girar, distribuía tinta de modo uniforme.
Em 1950 Marcel Bich comprou de Bíró a patente da caneta, que logo tornou-se o principal produto da companhia Bic.
As canetas esferográficas ainda são amplamente referidas como biro em muitos países europeus, includindo a Grã-Bretanha, como também Australia e Nova Zelandia.
Lápis é um instrumento utilizado para escrita, desenho e pintura. É composto por um bastão fino de grafite inserido num cilindro de madeira.
O protótipo do lápis poderá ter sido o antigo Romano stylus, o qual consistia de um pedaço de metal fino utilizado para escrever nos papiros, habitualmente feito a partir de chumbo.
É com o lápis que as crianças de todo o mundo aprendem a escrever. É indispensável para todos os tipos de anotações, traçados e rascunhos - sobretudo para tudo o que possa ser escrito ou desenhado à mão.
O lápis é um produto de longa durabilidade, que exige poucos cuidados, não é afetado por variações climáticas e escreve até debaixo d'água ou no espaço. Que outro instrumento de escrita pode se gabar de ser tão versátil?
FONTES DAS IMAGENS:
http://www.libertybellmuseum.com/MuseumShop/images/1960B.jpg
http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/hfe/lugares/escrever%20na%20escola/images/mushin.gif
http://www.copperfieldpub.com/content/images/quilhand.jpg
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