segunda-feira, 30 de abril de 2007














Eumenes II (197-158 E.C.), rei de Pérgamo, Ásia Menor


PERGAMINHO

Origem:

O processo de preparação de couros para serem usados como material de escrita aperfeiçoou-se de maneira notável em princípios do século II de nossa era, por obra de Eumenes II (197-158 da era comum), rei de Pérgamo, Ásia Menor.

A arte de preparar o couro passou logo à Grécia e dali à Itália, de onde se difundiu a toda Europa, tendo os monges parte principal e ativa nessa difusão.

Produção e Qualidade:


Para obter pergaminho eram usadas peles de carneiro, de cabra e de vitela. O velino era um pergaminho de alta qualidade e de alto preço; provinha de bezerros nado-mortos. Fabricar pergaminho era um processo caro; um códice volumoso exigia a pele de dezenas de animais.

O fabrico e a comercialização do pergaminho pelos pergaminheiros era um negócio rendoso. Para suportar convenientemente a tinta da escrita e os pigmentos das iluminuras, a pele era tratada para se tornar resistente, flexível e manuseável.

=>Pergaminheiro alemão, 1568.
# Depois de esfolado o animal, a pele era lavada em água e limpa das impurezas.
# Já escorrida, era polvilhada com cal, dobrada sobre o lado da carne para secar durante semanas. # Era esticada em armações de madeira para secar sob tensão, ao mesmo tempo que era polvilhada com pó de cré – que impedia que a tinta de escrever fosse absorvida pelo pergaminho.
# Finalmente, a pele era polida com pedra-pomes para a superfície ficar lisa, uniforme e brilhante.
# O pergaminho era cortado de modo a definir a área da folha; consoante essa folha era dobrada uma, duas ou três vezes, obtinham-se os formatos fólio, quarto e octavo.
# Já dobradas, as folhas eram agrupadas em cadernos e aparadas para obter formatos uniformes.
# Para escrever, o copista-calígrafo usava geralmente uma pena de ganso, cuja ponta fendida ia molhando na tinta. Uma faca, sempre à mão, servia para afiar a ponta da pena.


Os couros têm diferentes qualidades. As peles de vaca e de veado eram as menos apreciadas para a escrita, por sua excessiva grossura. As mais apreciadas para fins códices eram as de vitela, ovelha e cabra. A vitela era suficientemente grossa para se poder escrever nas duas faces e permitia emendas e rasuras, sem correr risco de deterioração. O mesmo não acontecia com o papiro, que, por ser muito fino e devido às desigualdades de sua superfície, permitia a escrita só de um lado.

Conservação da literatura clássica - o pergaminho foi utilizado em Roma, para produzir obras literárias, no primeiro século de nossa era, e os gregos o haviam empregado ainda antes. A partir do século IV da era comum, as literaturas grega e latina haviam sido transferidas dos rolos de papiro, originais, para códices de pergaminho preparados em folhas de forma retangular. Como nem todas as obras consideradas pagãs puderam ser transcritas em pergaminho, nessa época, ocorreram omissões e perdas lamentáveis, sobretudo entre as obras de autores gregos.

PAPIRO

ORIGEM:
O papiro é um produto de origem vegetal, obtida de um arbusto que cresce, principalmente, em lugares pantanosos do Egito, Síria, Palestina e Sicília.

Manufatura: uma das contribuições mais importantes que o Egito faraônico fez à cultura foi a preparação das folhas da planta chamada, tanto em latim como em grego, papyrus, papiro, como material para escrever. O papiro, ao contrário do pergaminho, podia-se produzir fácil e economicamente, além de se adaptar muito bem às necessidades da escrita.
O Egito foi a praça comercial mais importante do mercado de papiro, na qualidade de exportador, até a queda do Império Romano, sendo Roma e Grécia os maiores consumidores desse material, para documentos de toda natureza.

Rolos:
O "livro" de papiro era constituído, no princípio, por várias folhas unidas para formar uma tira contínua, tendo cada um dos extremos colado a uma vareta de madeira, marfim ou osso. Desta, pendia uma etiqueta que servia par identificar o conteúdo. Os rolos de papiro variavam em extensão; o mais longo de que se tem conhecimento tinha cerca de 44 metros de comprimento e meio metro de largura.
Eram guardados em estojos ou caixinhas de madeira, que asseguravam sua conservação. Os rolos eram colocados, nas bibliotecas, sobre tábus ou em caixotes. Para serem guardados, eram enrolados e desenrolados para serem lidos; nesta última posição era o rolo chamado liber explicatus, o que deu origem na Idade Média, à colocação, pelo copista, da palavra latina explicit ("conclui") no final do manuscrito, que se encontra com freqüência nos incunábulos.

Desvantagens:
O rolo de papiro oferecia certas desvantagens:
a) tinha de ser enrolado novamente, depois de cada leitura;
b) era extremamente incômodo e difícil localizar uma determinada passagem;
c) devido ao excessivo uso, muitas vezes as partes se rasgavam no começo e no fim de um rolo, causando lacunae (lacunas) em um texto;
d) o papiro é um material frágil e muito sensível à umidade e, fora do Egito, onde o clima é seco, geralmente, desintegra-se, em menos de 100 anos. O fato de grandes e importantes partes da literatura, e dos documentos oficiais do mundo antigo, se perderam irremediavelmente, teve consequencias desastrosas para a História.

Diminuição do consumo:

A partir do século VI da era comum, o uso do papiro diminuiu paulatinamente, entre todos os povos, à medida que ia se difundindo o uso do papel. O papiro, como matéria-prima do livro, continuou a ser empregado, embora cada vez em menor proporção, até o século X da era comum. Onde se manteve mais tempo em uso foi na chancelaria papal, que, em 1056, expediu um documento do papa Vítor II, o qual, tanto quanto se sabe, é um dos últimos textos de importância escrito em papiro.

FONTES:

LITTON, G. O livro e sua história. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1975.

http://www.legambientearcipelagotoscano.it/biodiversita/flora/habitat/naturalizzate/cyperus%20papyrus%20papiro.jpg.JPG

http://www.esab.ipbeja.pt/museu/pagina%20web/papiro.jpg
http://acd.ufrj.br/labpor/4-Bibliografia/Papiro.gif
http://www.avato.it/egitto/images/papiro.jpg

domingo, 29 de abril de 2007


METAL


Na antiga Roma, utilizava-se também placas de bronze, quando a permanência do texto era um fator importante, porque o metal oferecia grande resistência contra a inclemência do tempo. Os romanos fizeram gravar em bronze, nos anos 450 e 451 da era comum, a célebre Lei das Dozes Tábuas.

Outro metal empregado para escrever, durante a antiguidade, foi o chumbo.

sábado, 28 de abril de 2007

PLACAS

Por sua maior durabilidade, os antigos gregos e romanos utilizaram placas feitas de uma grande variedade de materiais, incluindo o marfim e o bronze. A madeira foi utilizada em tabuinhas como material preferencial para a escrita, durante a antiguidade. As tabuinhas eram recobertas por uma camada de gesso ou cera, sobre a qual se escrevia. A primeira notícia de sua existência na antiga Grécia aparece em AS NUVENS, comédia de Aristófanes, escrita no ano de 423 da era comum.

Em Roma, as tabuinhas enceradas, eram utilizadas para breves anotações, registrar editos públicos e comunicar notícias além de serem ainda usadas para muitos fins domésticos de natureza puramente transitória: epistolares, ensino de crianças e outrossimilares. A fim de se evitar que, durante uma viagem, a escrita se apagasse, uniam-se duas tabuinhas por charneiras, de tal modo que se conservassem juntas e protegidas contra o atrito das faces interiores, sobre as quais se havia escrito. Atavam-se as tabuinhas com uma correia ou corda, a qual se fazia passar por um orifício do centro das tabuinhas e, depois de dar nós nas extremidades, apertava-se.

Essas tabuinhas, denominadas dípticos (processo usado também em pinturas), continuaram sendo usadas durante a idade Média, existindo exemplares delas nos museus.



FONTES:
LITTON, G. O livro e sua história. São Paulo: McgrawHill do Brasil, 1975.

sexta-feira, 20 de abril de 2007

ARGILA

Na antiguidade, foram utilizados tijolos de argila cosida como material de escrita, especialmente no Oriente Próximo, onde sua utilização era favorecida pelo clima. Nas escavações de Nínive e Babilônia, descobriram-se muitas bibliotecas de placas de argila, nas quais se haviam gravado importantes textos de toda natureza.

FONTE:
LITTON, G. O Livro e sua história. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1975.

PEDRA


É a principal fonte de inscrições que sobreviveu no Antigo Oriente; nela foram esculpidas as leis e os convênios.
Num bloco de pedra, está gravado o Código de Hamurabi, o qual é tido como um dos mais importantes documentos da história da humanidade. É o código mais antigo que nos chegou completo. O arqueólogo Mecqenem, durante sua campaha en Susa, descobriu este código gravado sobre um bloco de diorita negro de 2.5m. que havia sido levadoa como butim de guerra pelos elamitas. Originalmente foi colocado na praça principal de Sippar, cidade de Utu, deus da justiça e da igualdade. Atualmente está no museu do Louvre, restaurada e completa.

FONTE:

LITTON, G. O livro e sua história. São Paulo: McGraw-Hill, 1975.

http://travels.ip6.fccn.pt/paris2002/081.JPG
http://terraeantiqvae.blogia.com/upload/hamurabi.jpg

MATERIAIS DE ESCRITA

À medida que se conhecia melhor o mundo, por meio das explorações e da intensificação da atividade intelectual, tornou-se mais premente a necessidade de encontrar para a escrita novos materiais que fossem mais econômicos e abundantes que os utilizados até então.
Nessa busca, participaram vários povos, durante muitos séculos. Experimentaram-se diversos materiais, entre os quais:
==> pedra
==> argila
==> placas
==> tabuinhas enceradas
==> metal
==> quipos

ALFABETOS ATUAIS

Dos 200 alfabetos antigos e modernos de que se tem conhecimento, só uns 50 são usados atualmente. O número de letras varia de um alfabeto para outro, obedecendo a vários fatores históricos e lingüísticos. A lista abaixo revela essas diferenças:
italiano = 21 letras
hebraico = 22 letras
sírio = 22 letras
latim = 23 letras
português = 23 letras
grego = 24 letras
francês = 25 letras
alemão = 26 letras
dinamarquês = 26 letras
holandês = 26 letras
inglês = 26 letras
sueco = 26 letras
árabe = 28 letras
espanhol = 28 letras

armênio = 32 letras
russo = 32 letras
armênio = 38 letras
húngaro = 41 letras
persa = 45 letras
polaco = 45 letras
sânscrito = 49 letras

Características dos alfabetos:

Acerca dos alfabetos, merecem ser recordadas as seguintes características:
a) uma letra representa um som apenas aproximadamente; não leve em conta as possíveis diferenças de entonação e ênfase, das ligeiras variações de pronúncia de um indivíduo para outro, nem as mudanças de uma época a outra;
b) a relação entre o som e a letra que o representa é convencional e não é essencial; não é assim em todas as formas de escrita, como, por exemplo, as pictografias, ideografias e hieróglifos;
c) a escrita tem com a palavra uma relação equivalente à desta última com o pensamento.
FONTES:
LITTON, G. O livro e sua história. São Paulo: McGraw-Hill, 1975.

RUNAS



As Runas são um conjunto de alfabetos relacionados que usam letras características (as runas) e eram usadas para escrever as línguas germânicas, principalmente na Escandinávia e nas ilhas Britânicas. Em todas as suas variedades, as runas podem ser consideradas como uma antiga forma de escrita da Europa do Norte. A versão escandinava que também é conhecida como Futhark (derivado das suas primeiras seis letras: 'F', 'U' 'Th', 'A', 'R', e 'K'), e a versão Anglo-saxónica conhecida como Futhorc (o nome também tem origem nas primeiras letras deste alfabeto).

As inscrições rúnicas mais antigas datam de antes do século I (cerca do ano 150), e o alfabeto foi substituído pelo alfabeto latino com a cristianização, por volta do século VI na Europa central e no século XI na escadinávia.
Contudo, o uso de runas persistiu para propósitos especializados, principalmente na Escadinávia, na área rural da Suécia até ao início do século XX (usado principalmente para decoração e em calendários Rúnicos).
A ordem das letras difere da ordem do alfabeto latino. "Futhark" ou o alfabeto rúnico consiste de 24 letras, originalmente, começando com o "F" e terminando com "O".
Foi usado por tribos germânicas do norte da Suécia, Noruega, Dinamarca e no norte da Alemanha. Esta forma de runas é conhecida como Elder, ou alfabeto germânico (Germanic Futhark). Mais tarde, versões são anglo-saxões.

FONTE:

ALFABETO GÓTICO


Alfabeto gótico é o alfabeto manuscrito que surgiu na Idade Média a partir do alfabeto grego. É portanto uma adaptação deste último.
O termo gótico vem do latim medieval gotticu e é um adjetivo que designa o que é proveniente, relativo, criado ou usado pelos godos, assim denominado o povo da respectiva tribo germânica.
Este alfabeto foi criado no final do século IV por Ulfila, bispo dos godos instalados no curso do Danúbio. Cada letra do alfabeto possui um valor numérico. Para sobressair os sons que o grego não possuía, Ulfila recorreu aos signos rúnicos para atingir tal objetivo.
O alfabeto gótico é dividido em dois grupos para as letras minúsculas.
a, c, e, i, m, n, o, r, u, v, w, x, t , l, f e p.
b, d, g, h, k, q, s, y e z.
Nos tempos duros de guerra, Hitler impôs o uso obrigatório do alfabeto gótico na Alemanha, mas foi exatamente essa obrigatoriedade e sua consequente conotação política que fizeram com que se abandonasse o seu uso tão logo acabasse a guerra. O alfabeto gótico teve existência efêmera e hoje existe como simples curiosidade.
FONTE:

ALFABETO ARAMAICO



A língua aramaica é o idioma semítico usado pelos povos que habitavam o oriente médio. Um idioma com alfabeto próprio e com uma história de mais de três mil anos. Seu alfabeto, uma criação espontânea do povo que lá vivia, foi adotado por reis e imperadores para transcrever a gerações futuras o modo de administração de seus antigos impérios e também os rituais usados em adorações de divindades, sendo, portanto a língua original em que foram escritos os livros bíblicos de Daniel e de Esdras e também a reedição do Talmude.
Pertencendo à família de línguas afro-asiáticas, é classificada no subgrupo das línguas semíticas, à qual também pertencem a língua árabe e o hebraico.
O aramaico foi, possivelmente, a língua falada por Jesus e ainda hoje é a língua materna de algumas pequenas comunidades no Oriente Médio, especialmente no interior da Síria.
Sob o ponto de vista religioso, alguns pesquisadores teorizam que a palavra arameu venha do termo "aram", nome do quinto filho de Sem, o primogênito de Noé (Gênesis 10,21). No entanto, o estudo das expressões de que dispõe o Hebraico clássico, composto apenas de consoantes, não nos permite arriscar algum significado fonético para encontrar a raiz do significante. O inviabiliza também, a pronunciação do quinto filho de Sem em hebraico, cuja hipótese é especulativa e tendenciosa, abrindo espaço para o ponto de vista da sematologia. Indo de encontro a outros estudos fundamentados na antropologia sugere-se que a expressão aramaico tenha um vínculo com uma tribo de beduínos salteadores que habitavam as regiões montanhosas, desse modo harame em língua árabe (idioma irmão), referindo-se ao termo salteador, que há 5000 anos, sofreu algumas mudanças no prefixo ha sem a letra h, transformando-se no nome atual.
Hoje o aramaico é um idioma rico em expressões e muito esclarecedor para a história da humanidade, e sua importância reside no fato de ser um idioma referencial, ou seja, o elo na cadeia fônica entre o árabe moderno e o hebraico primitivo no que diz respeito à pronúnciação das 22 consoantes sem vogais do alfabeto hebreu.
Diferente do hebraico, um alfabeto meramente decorativo, somente visto em obras de arte, monumentos e tapeçarias, o aramaico sempre foi uma língua ativa no interior da Síria e sua longevidade se deve ao fato de ser escrito e falado pelos aldeões cristãos que durante milênios habitavam as cidades ao norte de Damasco capital da Síria, entre elas reconhecidamente os vilarejos de Ma'lula e Yabrud, esse último "onde Jesus Cristo hospedou-se por 3 dias" além dessas outras aldeias da Mesopotâmia reconhecidamente católicas por onde Cristo passou , como Tur'Abdin ao sul da Turquia, fizeram com que o aramaico chegasse intacto até os dias de hoje.
No inicio do século passado, devido a perseguições políticas e religiosas, milhares desses cristãos fugiram para o ocidente onde ainda hoje restam poucas centenas, vivendo nos Estados Unidos da América, na Europa e na América do Sul e que curiosamente falam e escrevem fluentemente o idioma falado por Jesus Cristo.
FONTE:

ALBABETO COPTA


A Língua Copta (do árabe Kobt) representa o último estado da antiga língua egípcia, acrescida de algumas palavras gregas e latinas. Era escrita, não em signos hieroglíficos, mas em letras gregas. O alfabeto copta compreende, para além das vinte e quatro letras gregas, sete signos provenientes do memótico (antiga escrita egípcia utlizada pelo povo), destinados a traduzir sons próprios da língua egípcia.A partir do séc. III d.C., a escrita copta era já usada correntemente. Desde a conquista do Egipto pelos árabes no séc. VII, o árabe ultrapassa, no uso popular, a língua copta, que se mantém até ao séc. XIX como língua litúrgica das igrejas e conventos.
A língua copta é uma mistura de dialetos, cheia de termos gregos e palavras orientais e escrita com o alfabeto grego e mais seis caracteres demóticos que indicam sons que o grego não possui. Era falada pelos cristãos na Grécia nos primeiros séculos da nossa era e nela foram conservadas várias traduções de textos sagrados. O copta tem estreita relação com a língua egípcia antiga e apresenta a vantagem de grafar as vogais. Foi isso que tornou possível a Champollion descobrir a pronúncia exata, ou pelo menos aproximada, de muitos nomes e vocábulos egípcios na Pedra da Roseta.


FONTE:

ALFABETO CIRÍLICO


O alfabeto cirílico é utilizado por algumas das línguas eslavas (como o russo, o bielorrusso, o ucraniano, o búlgaro, entre outros) e até línguas não-eslavas (como o mongol). O cirílico também é utilizado para o sérvio na Sérvia e em Montenegro, embora nestes mesmos países o alfabeto latino seja usado alternada e concomitantemente. O Alfabeto Cirílico é eslavo do século IX, do qual resultou o moderno alfabeto usado na Federação Russa, na Grécia, na Bulgária, na maioria da Península Balcânica e outros países eslavos. O alfabeto cirílico foi inspirado simultaneamente no grego e no hebraico. Está baseado no alfabeto glagolítico, inventado pelos santos Cirilo e Metodio, missionários cristãos ortodoxos búlgaros do Império Bizantino para traduzir a Biblia para os povos eslavos no século IX. A versão que existe hoje é diferente do seu trabalho inicial. O alfabeto atual data de 1708 e sofreu uma reforma em 1918, quando foram eliminadas quatro letras. Tem 43 letras. O sentido da escritura é da esquerda para a dreita.
Entre as línguas que usan este alfabeto se contam abjaso, azerí, bielorruso, búlgaro, kazako, komi, macedonio, moldavo, mongol, russo, serbio, tártaro, tayik, turcomano, ucranio, uzbeko, yakuto e outras várias. Algumas destas línguas se escrevem também em alfabeto latino.

domingo, 15 de abril de 2007

ALFABETO ÁRABE


O Alfabeto árabe é o principal alfabeto usado para representar a língua árabe, além do persa e do bérbere. Até 1923, era usado também para escrever o turco, quando foi substituído pelo alfabeto latino. A sua grande difusão deve-se principalmente ao facto de o Corão, o livro sagrado do Islão, estar escrito em alfabeto árabe. Esse alfabeto é escrito da direita para a esquerda, assim como o alfabeto hebraico.
Apesar de ser conhecido como um alfabeto, na verdade a escrita árabe é um Abjad, ou seja, a construção das palavras não se dá pela formação de silabas pela união de duas ou mais letras, mas sim, cada letra pode por si só possuir o som de uma sílaba. Sendo assim, o alfabeto árabe é pobre em vogais, sendo essas representadas somente quando seu som é longo.
Uma característica interessante que resulta do facto de as palavras serem pobres em vogais escritas (porém faladas) é que somente se consegue ler corretamente a palavra se essa for previamente conhecida. Por exemplo, a palavra peixe em árabe é "samaku" porém é escrita no alfabeto árabe somente com as letras que correspondem no alfabeto latino a S, M e K sendo escrita então desta maneira “smk” (سمك) , o que torna impossível ler suas vogais sem conhecer a palavra, a não ser que estejam presentes na escrita símbolos indicadores de vogais.

ALFABETO HEBRAICO

O alfabeto hebraico, também conhecido como Alef-Beit, é o utilizado para a escrita em hebraico, que é uma língua semítica pertencente à família das línguas Afro-Asiáticas, mais falada em Israel. Também é utilizado para escrever o iídiche, língua germânica falada pelos judeus da Europa Oriental e Alemanha. Esse alfabeto é escrito da direita para a esquerda, assim como o alfabeto árabe.
א - alef = sem som
ב - bet = b (em algumas palavras como v)
ג - gimel = g
ד - dalet = d
ה - he = h
ו - vav = v/w (em algumas palavras como a vogal o ou u)
ז - zain = z
ח - chet = h aspirado
ט - tet = t
י - iud = y
כ - caf/khaf = k ou kh [como o j espanhol] (depende da palavra) (no final de palavra ך)
ל - lamed = l
מ - mem = m (no fim de uma palavra ם)
נ - nun = n (no fim duma palavra ן)
ס - samekh = s
פ - pei/fei = p ou f (depende da palavra) (no final de palavra ף)
ע - ain = nasaliza a vogal associada
צ - tzadi = tz (no final de palavra ץ)
ק - kof = k
ר - reish = r
ש - shin/sin = x (ch)/s (depende da palavra)
ת - tav = t
Nota: o alfabeto hebraico só utiliza consoantes, sendo que as vogais podem ser representadas por sinais diacríticos, chamados niqqud ou sinais massoréticos. A letra "aleph" existe para representar as sílabas em que não há consoantes, como o E da palavra "Elohim" (אלהים).
FONTE:

quinta-feira, 5 de abril de 2007

ALFABETO LATINO


Com a destruição de Cartago, no ano 146 antes da era comum, ficou eliminado o último grande rival que disputava com Roma a supremacia do Mediterrâneo e a responsabilidade pela cultura européia ocidental passou, definitivamente, para a Itália.

O alfabeto romano foi herdado dos gregos e outros povos. A literatura latina enriqueceu-se enormemente, ao incorporar traduções da literatura grega do século III da era comum, convertendo-se, desse modo, na novas grande língua literária.
Os monumentos romanos reproduzem um alfabeto, já formado e completo, desde a segunda metade do século IV da era comum. No início, compunha-se de 23 letras e, depois, foram incorporadas mais duas. Apenas três letras, que não figuravam no antigo alfabeto romano, figuram no alfabeto moderno:
o J, que se desenvolveu a partir do I;
o U e o V, que provê, do antigo V,
e o W, que apareceu na escrita anglo-saxônica, durante o século VII da era comum.

FONTE DO MAPA DA ITÁLIA:
FONTE DA IMAGEM DO ALFABETO LATINO:

ALFABETO GREGO

Os gregos afirmavam que seu alfabeto era de origem fenícia e que havia sido introduzido por navegantes deste povo, por volta do século IX da era comum.
À medida que crescia a influência da Grécia no mundo antigo, seu alfabeto se difundia amplamente pelo Mediterrâneo, especialmente durante os séculos VIII e VII antes da era comum, chegando a ser o meio de comunicação mais usado da antiguidade.

Segundo a mitologia grega, o lendário fundador de Tebas, Cadmo, viveu algum tempo na Fenícia e ali conheceu o alfabeto desse povo, o qual, segundo a lenda, introduziu, mais tarde, na Grécia.

O fator inovador introduzido com o alfabeto grego são as vogais. As primeiras vogais foram Alfa, Épsilon, Iota, Ómicron e Upsilon. Se se contempla o processo de criação do alfabeto grego como resultado de um processo dinâmico baseado na adoção de vários alfabetos semíticos através do tempo, encontrando inclusive influências do linear-B, poder-se-ia dar uma explicação mais satisfatória da sua origem do que as teorias que postulam uma adaptação única de um alfabeto determinado num momento dado.

quarta-feira, 4 de abril de 2007

ALFABETO FENÍCIO



ALFABETO FENÍCIO

Os fenícios foram um povo semita que teve por pátria uma faixa fértil de terra da costa oriental do Mediterrâneo. Sua situação geográfica favoreceu o intenso comércio marítimo que mantinha no mundo antigo.

Ese povo inventou o alfabeto, baseando-se, talvez, em alguns elementos hieroglíficos egípcios. O alfabeto fenício tunha 22 letras e a escrita ia da direita para a esquerda. Data do ano 1000 antes da era comum e é considerado o sistem mais importante da antiguidade, porque, introduzido na Grécia, constituiu a base do alfabeto grego, do qual derivam todas as antigas formas alfabéticas européias.



segunda-feira, 2 de abril de 2007

OS ALFABETOS




A palavra alfabeto vem do latim alphabetu, qeu, por sua vez, se deriva dos nomes das duas primeiras letras do alfabeto grego, alpha e beta (correspondente às letras A e B, do alfabeto latino); o termo "alfabeto" designa a totalidade de sinais fonéticos de um mesmo sistema.

Um alfabeto é "o conjunto ordenado de sinais convencionais fixos, a que se reduz a estrutura de um idioma". Consta de sinais representativos de cada vogal e de cada consoante. O sistema alfabético de escrita é o mais importante e o mais difundido no mundo e adota muitas formas diferentes.

CUNEIFORME

A palavra cuneiforme provém de dois vocábulos latinos: cuneu, cunha e forma, figura; emprega-se para designar a escrita dos assírios, persas e medos da Ásia Menor. Originalmente apresentava imagens de olhos, mãos, pés, etc., mas numa evolução inevitável, os sinais adquiriram sentido e forma convencionais. Tal escrita foi criada pelos sumérios por volta de 3.700 antes da era comum.
O selo acima, da Áustria, mostra uma figura assíria e uma placa escrita com símbolos cuneiformes.



Para escrever, utilizava-se uma cunha, com a qual o escriba fazia incisões sobre tabuinhas de argila molhada que depois se cosiam, ficando endurecidas e aptas para o fim visado. A cunha podia-se manejar em diversas posições, obtendo-se impressões horizontais, perpendiculares ou oblíquas; outro símbolo de forma triangular era feita com a ponta. Estes sinais primários permitiram elaborar uma grande combinação de caracteres.




Embora complicado, este sistema foi usado durante mais de três milênios; mas, com a introdução do sistema alfabético por comerciantes ocidentais, a escrita cuneiforme foi, gradualmente, perdendo a aceitação e caiu em desuso. As tabuinhas de argila, com seus curiosos sinais, permaneceram ocultas, durante séculos, sob as ruínas daquelas civilizações; descobertas nos tempos modernos, seu significado não foi conhecido até meados do século XX, quando um militar britânico, sir Henry Rawlinson, conseguiu decifrar uma inscrição trílingüe na grande pedra de Behistun, fornecendo, assim, a chave para a tradução do sistema cuneiforme.


Fontes:
http://www.dearqueologia.com/escritura_sumeria01.htm
LITTON, G. O livro e sua história. São Paulo: McGraw
-Hill do Brasil, 1975.

IDEOGRAMAS

IDEOGRAMAS - Esta palavra se deriva de dois vocábulos gregos: idéa (idéia) e grámma (letra). É um símbolo gráfico utilizado para representar uma palavra ou conceito abstrato tais como qualidades, ações e obras por meio de sugestão e não pela representação direta ou gráfica do objeto. O desenvolvimento deste sistema de escrita obrigou seus autores a utilizar todas as suas faculdades inventivas; por sua vez, a compreensão da escrita exigia igual processo mental por parte do leitor.
Os sistemas de escrita ideográficos originaram-se na antiguidade, antes dos alfabetos e dos abjads.

HIERÓGLIFOS - vem do latim hieros (sagrado) e glyphein (gravar).
Os desenhos representavam bocas, mãos, cabeças, águias e diversos pássaros, leões, serpentes e outros animais.
Os hieróglifos mais conhecidos são os do Egito antigo, embora existisse também entre os maias e os astecas da América pré-colombiana, um estilo de escrita qoue possuía certas características dos hieróglifos.
O primeiro selo mostra hieróglifos de um livro egípcio. Aqui, os símbolos pictográficos foram organizados de cima para baixo. Embora antigos egípcios também escreviam da direita para esquerda ou vice-versa.
O selo mostra somente uma pequena parte do Livro da Morte, o qual pertence ao Museu Britânico de Londres e é considerado o mais belo exemplar do tipo.

























Por muitos séculos, os coloridos hieróglifos, que foram grafados nas construções dos templos dos faraós, intrigaram diferentes povos que estiveram no Egito... Era claro que se tratava de um alfabeto, mas não havia pistas para decifrá-lo...
No porto do delta do rio Nilo (Egito), próximo de Alexandria, em Agosto de 1799, é onde foi encontrada a famosa pedra com a qual o pesquisador francês decifrou o significado dos hieróglifos, em 1822.
Um capitão do exército de Napoleão, chamado Bourchard, comandava soldados que cavavam uma trincheira, onde encontraram na cidade de Rashid (Roseta), quase às margens do Mediterrâneo, uma estranha pedra com símbolos diversos.
Era um bloco de basalto (ou 125 x 80cm, peça de granito) com três inscrições, sendo uma em hieróglifo e as outras em demótico e em grego antigo.
Decifrado pelo oftalmologista britânico Thomas Young e traduzido por Jean François Champollion (1790-1832), usando as incrições gregas como base. A pedra foi datada de março de 196 antes de Cristo.
O grego era fácil de traduzir e revelou que se tratava de um decreto em honra do rei Ptolomeu. Ao mesmo tempo, a pedra indicava expressamente que os dois textos egípcios tinham o mesmo significado.
Enviada mais tarde à Europa, ela foi estudada por Jean-François Champollion que, comparando os hieróglifos com as inscrições em grego e egípcio demótico contidas na pedra, conseguiu decifrar o enigma, pois, se os hieróglifos eram capazes de representar uma palavra estrangeira (Ptolomeu, um nome grego), não podia tratar-se simplesmente de símbolos de objetos: cada um representava um som.
Descobriu-se nesta pedra as numerosas menções o nome de Ptolomeu. Champollion reconhece esse mesmo nome em um obelisco na ilha de File. Com base no nome Ptolomeu, ele conseguiu ler outros nomes e descobrir o sentido de todos os signos, abrindo a porta para a moderna egiptologia.
Quando morreu, em 1832, Champollion já conseguira decifrar grande número de inscrições e textos escritos em papiros.
A pedra está preservada, atualmente, no Museu Britânico (British Museum), em Londres.