segunda-feira, 30 de abril de 2007

PAPIRO

ORIGEM:
O papiro é um produto de origem vegetal, obtida de um arbusto que cresce, principalmente, em lugares pantanosos do Egito, Síria, Palestina e Sicília.

Manufatura: uma das contribuições mais importantes que o Egito faraônico fez à cultura foi a preparação das folhas da planta chamada, tanto em latim como em grego, papyrus, papiro, como material para escrever. O papiro, ao contrário do pergaminho, podia-se produzir fácil e economicamente, além de se adaptar muito bem às necessidades da escrita.
O Egito foi a praça comercial mais importante do mercado de papiro, na qualidade de exportador, até a queda do Império Romano, sendo Roma e Grécia os maiores consumidores desse material, para documentos de toda natureza.

Rolos:
O "livro" de papiro era constituído, no princípio, por várias folhas unidas para formar uma tira contínua, tendo cada um dos extremos colado a uma vareta de madeira, marfim ou osso. Desta, pendia uma etiqueta que servia par identificar o conteúdo. Os rolos de papiro variavam em extensão; o mais longo de que se tem conhecimento tinha cerca de 44 metros de comprimento e meio metro de largura.
Eram guardados em estojos ou caixinhas de madeira, que asseguravam sua conservação. Os rolos eram colocados, nas bibliotecas, sobre tábus ou em caixotes. Para serem guardados, eram enrolados e desenrolados para serem lidos; nesta última posição era o rolo chamado liber explicatus, o que deu origem na Idade Média, à colocação, pelo copista, da palavra latina explicit ("conclui") no final do manuscrito, que se encontra com freqüência nos incunábulos.

Desvantagens:
O rolo de papiro oferecia certas desvantagens:
a) tinha de ser enrolado novamente, depois de cada leitura;
b) era extremamente incômodo e difícil localizar uma determinada passagem;
c) devido ao excessivo uso, muitas vezes as partes se rasgavam no começo e no fim de um rolo, causando lacunae (lacunas) em um texto;
d) o papiro é um material frágil e muito sensível à umidade e, fora do Egito, onde o clima é seco, geralmente, desintegra-se, em menos de 100 anos. O fato de grandes e importantes partes da literatura, e dos documentos oficiais do mundo antigo, se perderam irremediavelmente, teve consequencias desastrosas para a História.

Diminuição do consumo:

A partir do século VI da era comum, o uso do papiro diminuiu paulatinamente, entre todos os povos, à medida que ia se difundindo o uso do papel. O papiro, como matéria-prima do livro, continuou a ser empregado, embora cada vez em menor proporção, até o século X da era comum. Onde se manteve mais tempo em uso foi na chancelaria papal, que, em 1056, expediu um documento do papa Vítor II, o qual, tanto quanto se sabe, é um dos últimos textos de importância escrito em papiro.

FONTES:

LITTON, G. O livro e sua história. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1975.

http://www.legambientearcipelagotoscano.it/biodiversita/flora/habitat/naturalizzate/cyperus%20papyrus%20papiro.jpg.JPG

http://www.esab.ipbeja.pt/museu/pagina%20web/papiro.jpg
http://acd.ufrj.br/labpor/4-Bibliografia/Papiro.gif
http://www.avato.it/egitto/images/papiro.jpg

Um comentário:

Leopoldina disse...

muito legal esse post, peguei duas fotos...
obrigada